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Sou do mundo,
sou MINAS GERAIS

Com um concerto dia 7 de setembro, na praça da Torre de Belém, em Lisboa (Portugal), a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, escolhida para representar o Brasil nas comemorações do Bicentenário da Independência, e criada há apenas 14 anos, se consolidará como uma das principais do país e referência no mundo.
No programa do concerto na praça da Torre estão obras do português Braga Santos (uma abertura), depois Villa-Lobos com Bachianas 3 e o Choro 6, obras de Carlos Gomes (abertura de O Escravo e Alvorada), o Batuque, de Lorenzo Fernandes e o Congado, de Francisco Mignone. Estas duas últimas, de influência mais folclórica. A Filarmônica se apresentará ainda em Coimbra e no Porto. Depois retorna ao Brasil, mas é importante lembrar que o concerto luso-brasileiro será conhecido pelos mineiros em Belo Horizonte uma semana antes da estreia
Não é a primeira vez que a orquestra viaja para o exterior – já esteve no Uruguai e na Argentina – mas a estreia em solo europeu agora fará parte do currículo. Então, somando-se a quilometragem em Minas à vivida em outros estados e fora do país, chega-se à conclusão de que a Filarmônica já faz jus à frase eternizada pelos versos de Fernando Brant, musicados e cantados por Milton Nascimento em “Para Lennon e Mc McCartney”: Sou do Mundo, Sou Minas Gerais.
Isto sem falar em outro destaque dado à Filarmônica nas comemorações do Bicentenário. No mesmo período que estará em Portugal será iniciada a distribuição do CD que gravou pelo selo “Naxos”, gravadora de clássicos hoje muito importante internacionalmente, com obras do D. Pedro I. Muitos não sabem, mas o primeiro imperador do Brasil, foi compositor e músico (tocava flauta, fagote e trombone). D. Pedro I deixou muitas obras, a maioria de cunho sacro. No CD estão um Credo e um Te Deum e também o Hino da Independência, todos esses itens compostos por Pedro I. É uma parceria da Filarmônica com a “Naxos” e o Governo Brasileiro, por meio do Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty).
Do mesmo modo, não é a primeira vez que a Filarmônica grava sua arte em CD. Neste mesmo projeto Naxos/Itamaraty, o Brasil em Concerto, há dois com obras dos compositores brasileiros, Alberto Nepomuceno e Almeida Prado. O álbum de Almeida Prado, lançado em 2020, foi indicado ao Grammy Latino de melhor gravação de música erudita. A discografia da Orquestra agora contabiliza nove álbuns.
Uma das razões para tamanha projeção dentro e fora do país certamente é o conjunto de dois fatores assentados no número 1.090, da rua Tenente Brito Melo, no Barro Preto, em Belo Horizonte: a “Sala Minas Gerais” e sua Orquestra. A “Sala Minas Gerais”, sede da Orquestra, foi inaugurada em 2015, na capital mineira, tornando-se referência pelo seu projeto arquitetônico e acústico e uma das principais salas de concertos da América Latina.
Sua orquestra, a Filarmônica de Minas Gerais é uma das iniciativas culturais mais bem-sucedidas do país. Juntas, “Sala Minas Gerais” e Orquestra vêm transformando a capital mineira em polo da música sinfônica nacional e internacional, com reflexos positivos em outras áreas, como, por exemplo, turismo e relações de comércio internacional.
Em 2008
A Orquestra Filarmônica de Minas Gerais foi fundada em 2008 e tornou-se referência no Brasil e no mundo por sua excelência artística e vigorosa programação. Conduzida pelo seu Diretor Artístico e Regente Titular, Fabio Mechetti, a Orquestra é composta por 90 músicos de todas as partes do Brasil, Europa, Ásia e das Américas. (Foto acima: Eugênio Sávio)
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